Museus franceses sofrem cortes de orçamento e pressão para aumentar segurança

Recursos estatais do Louvre hoje somam cerca de US$ 162 milhões ao ano

Seis semanas depois do roubo no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, o ministro francês da Cultura, Frédéric Mitterand, mandou um e-mail para os diretores de segurança dos principais museus da França.

Segundo o jornal “Le Monde”, Mitterand disse que evitar roubos é “uma prioridade na política de patrimônio da França”. Ele também pediu que profissionais reconheçam “a importância de inventário e documentação das coleções”.

Mas a mensagem do ministro não faz menção ao financiamento de medidas para tornar mais seguros os museus franceses.

Enquanto isso, diretores dessas instituições têm mantido uma troca paralela de correspondências. Henri Loyrette, diretor do Louvre, Guy Cogeval, do Musée d’Orsay, e Alain Seban, do Centre Pompidou escreveram ao ministro sobre os cortes de orçamento por que devem passar seus museus.

Segundo eles, uma redução do orçamento pode “ameaçar a dinâmica construída a longo prazo”. Recursos estatais do Louvre hoje somam cerca de US$ 162 milhões ao ano. E diretores dos três museus dizem que já tomaram providências para reduzir custos em suas instituições.

Num novo pacote de austeridade fiscal ainda em estudos pelo governo francês, museus podem sair perdendo. Enquanto podem aumentar o valor de ingressos para compensar a redução dos repasses estatais, Louvre, Orsay e Pompidou também admitem que podem reduzir o número anual de exposições e adiar reformas em suas sedes.

Fonte: Folha online

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